Apresentação | Criança e Adolescente | Adulto e Idoso
Sobre a Área
A residência na área da saúde da criança e do adolescente visa a atuação em equipe multiprofissional, educação interprofissional visando a prática colaborativa, com ênfase nos processos da criança e do adolescente, atuando na rede primária de saúde, em hospital universitários e serviços de saúde especializados. Os conteúdos trabalhados ressaltam as Políticas Públicas de Saúde e o Sistema Único de Saúde, a garantia dos direitos da criança e a interdisciplinaridade no atendimento à criança e adolescente. A ideia central é melhorar a qualidade de vida das pessoas nestas faixas etárias, por meio de ações articuladas de pesquisa, ensino, atenção integral à saúde e cooperação técnica, como subsídio para a formação de políticas públicas nacionais.
Depoimentos
Carol Fogagnolo - concluiu a residência em fev/2023 (primeira residente da área). No primeiro ano pude aprender sobre o funcionamento da atenção básica à saúde, atuando com diferentes grupos: crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, com o foco em crianças e adolescentes. Aprendemos sobre o fluxo da UBS - Unidade Básica de Saúde, encaminhamentos, buscamos conhecer o território em que atuamos por 1 ano, realizamos diversos matriciamentos com diferentes instituições, juntamente com grandes profissionais: psicólogos, fonoaudiólogos, enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, dentre muitos outros. O foco do primeiro ano foi realmente aprender sobre o fluxo e funcionamento da atenção básica, e como aprendemos. Tive uma mudança de ponto de vista com relação à minha atuação na Educação Física. Aprendi a ser uma profissional HUMANA, com uma visão humanizada. Aprendendo a respeitar os diferentes contextos, e orientar de forma adequada a cada um que passava por mim. Também atendemos muito em grupo, de forma multiprofissional, o que colabora muito para o aprendizado geral. No segundo ano atuamos na atenção especializada, setor terciário: ambulatório de adolescentes, obesidade e cardiologia pediátrica. Neste ano, aprendemos muito sobre as diversas patologias, e aprendemos a prescrição de exercício para estes grupos. Os médicos nos ensinam um pouco sobre as doenças, e eles também nos orientam de modo a nos estimular a pensar como seria a prescrição de exercício para determinado público, por exemplo, os cardiopatas congênitos, por exemplo. Os médicos cardiologistas muitas vezes já sabem que este público pode e deve fazer atividade física, com algumas exceções, de alguns casos. Porém a atividade física não pode ser competitiva, deve ser recreacional... enfim, tudo isso nós aprendemos no dia-dia. Aprendemos a fazer uma boa avaliação dos pacientes, com condutas guiadas cientificamente e de forma correta. São muitos aprendizados no contexto hospitalar. A Educação Física é muito importante para este ambiente também. No segundo ano também frequentamos a casa da criança paralítica, local onde aprendemos sobre pessoas com deficiência, inclusão e amor ao próximo. Somos muito bem acolhidos lá e aprendemos sobre paralisia cerebral, mielomeningocele, dentre outras. Aprendemos com profissionais diversos: Terapeutas ocupacionais, psicólogas, pedagogas, fisioterapeutas, e o trabalho multiprofissional tem resultados positivos, tanto para o paciente, quanto para nosso aprendizado. Atuamos com Bocha, Musculação, e Esporte adaptado. Para crianças, adolescentes e adultos. |
Francielen Arantes - segundo ano de residência em 2023 (em andamento) A atuação na residência multiprofissional sem dúvidas, se firmou para mim, como um programa enriquecedor nas esferas pessoais e profissionais, tanto pela aplicação prática dos conhecimentos da área de educação física, na prevenção, promoção e reabilitação em saúde quanto na ampliação do conhecimento, conhecendo e aprendendo com as demais áreas da residência multiprofissional e dos profissionais dos serviços que atuamos. Essa construção de novos conhecimentos ajuda a visualizar nossos atendimentos individuais e/ou compartilhados de forma muita mais ampla e cuidadosa e auxilia ainda no desenvolvimento pessoal, aprendendo a lidar com as mais diversas situações. |
Rafaela Afonso Crepaldi - segundo ano de residência em 2023 (em andamento) Eu me formei em Educação Física com a certeza de que eu era apaixonada pela minha profissão, e mais ainda em trabalhar com crianças e idosos… O que dificultou minha escolha na área de concentração desejada, mas no final, o coração falou mais alto para área de concentração em saúde da criança e do adolescente. Hoje, no segundo ano de residência, posso dizer que sou ainda mais apaixonada pela minha profissão! A residência multiprofissional abriu muitas portas e janelas para que eu pudesse enxergar a gama imensa de coisas que nós, profissionais de educação física, podemos fazer como profissionais da saúde. E toda nossa potência. Nossa atuação vai muito além de prescrever exercícios físicos para prevenção e tratamento de doenças. Durante a residência, aprendi a ser uma profissional (e uma pessoa) mais humanizada e empática, com uma escuta qualificada. Eu saí completamente da minha bolha e da minha zona de conforto. Nós vimos de perto a extrema pobreza, a violência, a negligência e o abandono. E é a partir disso, que eu vi o quanto a nossa profissão pode fazer a diferença na vida de uma pessoa. Eu percebi que só de oferecermos um momento para ouvir o que uma criança tem a dizer, já pode fazer um bem para ela. Também percebi que muitas vezes, a criança só precisa de um espaço em que ela possa ser ela mesma, ou seja ser criança, e que isso é promover saúde. A residência multiprofissional nos oferece uma grande oportunidade de amadurecermos absurdamente em apenas 2 anos. Digo isso, porque amadurecemos muito como pessoas e profissionais. É muito gratificante ver toda nossa evolução neste período intenso de aprendizado e entrega. É preciso trabalhar com amor. É preciso gostar muito da profissão. É preciso ter certeza de seus objetivos. É preciso ser persistente e resiliente. Não é fácil fazer uma residência, cumprindo 60 horas semanais, mas vale a pena cada segundo quando você ama aquilo que faz e tem certeza de que está no caminho certo! Meu conselho final: façam residência! |
João Henrique Bizon Gomes - primeiro ano de residência em 2023 (em andamento) Fazer parte da Residência Multiprofissional em Saúde é debruçar-se sobre uma prática educativa, é ampliar no dia a dia novos direcionamentos para um desenvolvimento integral e humanitário dos sujeitos. Além disso, a oportunidade de estar em contato com outras profissões apresenta-se como elemento primordial para nosso crescimento pessoal e profissional. Através da residência podemos experenciar as diferentes potencialidades e desafios do SUS - Sistema Único de Saúde, permitindo um aprendizado para além do campo teórico. Por fim, ser residente em saúde é tornar-se uma pessoa mais empática à dor do próximo. Grato por estar aqui e empolgado pelos novos desafios. |
Yago Augusto Santos - primeiro ano de residência em 2023 (em andamento) A residência multiprofissional em saúde da criança e adolescente tem sido uma experiência única na minha vida, tanto pessoal como profissional. A atuação na atenção básica me chamou bastante atenção durante a graduação, pela forma como a promoção da saúde pode impactar na vida das pessoas. Apesar de ler alguns textos falando sobre a atuação do profissional de Educação Física nesse contexto, nada se iguala a viver isso na prática. Por meio da residência, pude compreender melhor o SUS - Sistema Único de Saúde e entender o papel do profissional de educação física na saúde. Além disso, trata-se de uma residência multiprofissional, o que possibilita o trabalho com as mais diversas profissões, o que agrega muito nas práticas dentro das unidades de saúde e, também, na nossa formação. Nesse sentido, a experiência tem se mostrado bastante positiva, porém, a falta de um preceptor da Educação Física na rede de Campinas tornou as coisas um pouco mais difíceis, principalmente a parte de entender o nosso papel enquanto residentes e profissionais da saúde dentro de toda essa estrutura. Destaco o esforço da UNICAMP, principalmente da Paula enquanto tutora do núcleo criança e adolescente em buscar alternativas para tentar contornar essa situação do município, sem dúvidas tem sido um apoio importante e fundamental para a continuidade no processo de especialização. De modo geral, a residência tem se mostrado como uma valiosa oportunidade para o meu desenvolvimento pessoal e profissional, e eu me sinto muito feliz em estar participando desse programa. |
Fotos
- Primeiro ano de Residência - Centros de Saúde
- Segundo ano de Residência - Ambulatórios, Casa da Criança Paralítica