O resumo da pesquisa, desenvolvida pela FEF e FCM, foi de avaliar o desempenho de atletas usuários de cadeira de rodas que praticam esportes como: rúgbi, handebol , esgrima e tênis. Os pesquisadores avaliaram três grupos: um composto por 28 pessoas sem problema físico algum, 26 jovens com lesão que jogavam basquete, rúgbi, tênis ou handebol adaptados há pelo menos um ano e 32 sujeitos sedentários com o mesmo tipo de comprometimento na medula. Por meio de exames como a medida da glicemia e da pressão arterial, bem como ecocardiografia e ultrassom da carótida (a artéria que fica no pescoço e leva sangue para o cérebro), demonstraram que exercícios regulares minimizam o processo de entupimento dos vasos, o que faz despencar o risco de infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. É a ciência sugerindo que quem depende de uma cadeira de rodas também deve se mexer para viver mais e melhor.
O Prêmio SAÚDE é promovido pela revista SAÚDE da Editora Abril com o objetivo de valorizar, incentivar e divulgar campanhas de prevenção e educação, trabalhos clínicos ou da área cirúrgica e outras ações que tenham contribuído para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos brasileiros.
É o maior evento nessa área e reuniu pesquisas e ações assinadas por profissionais de saúde para incentivar o estilo de vida ativo e derrubar as taxas de sedentarismo no Brasil. Este ano teve pela primeira vez a categoria Esporte e Saúde, e nosso grupo concorreu com o projeto de pesquisa titulado: A prática regular de esporte está associada à atenuação de alterações vasculares e cardíacas em indivíduos com lesão crônica da medula espinhal, sendo vencedor na categoria. A equipe foi composta pelos seguintes pesquisadores: José Irineu Gorla, Alberto Cliquet Junior, José Roberto Matos-Souza, Guilherme de Rossi, Roberto Schreiber, Layde Rosane Paim, Anselmo de Athayde Costa e Silva, Luis Felipe Castelli Correia de Campos, Eliza Azevedo, Karina Alonso e Wilson Nadruz Junior, todos da Universidade Estadual de Campinas.